segunda-feira, 16 de maio de 2011

        Você sabe que me deixa em alfa e eu sei que quando eu lhe abraço você gama. É tão clichê, mas você é o meu oxigênio. É o flúor que me faz sorrir com os dentes branquinhos, é o tungstênio da minha lâmpada, é a azida de sódio do meu air bag. Sem você eu sou como uma pilha de Daniell sem ponte salina, sem eletrodos. Sem você ficarei incompleta, como se tivesse apenas uma meia-vida. Até parece que você esquece do nosso sonho de fugir pro Vale do Silício só com um Rádio pra escutar o jogo do Arsênio. Você é como um carbono quiral, não há nenhum outro igual na minha cadeia. Não preciso de um meta ou orto-para dirigente para saber que o caminho da felicidade é você. Meu dipolo induzido preferido, eu prometo respeitar os dias em que você estiver bipolar. Sem você eu perco o equilíbrio de um jeito que nem Chatelier explica. Pára de bobeira, esquece essa história de ser nobre e vem reagir comigo, porque eu sei que um dia a gente ainda vai ser como Pierre e Marie Curie. O que fez ele reparar em você não foi a cor do seu batom ou o tamanho dos seus cílios, mas sim a confiança que você sentiu usando um batom mais forte ou um rímel novo. Tudo depende da maneira com que você encara as coisas.

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